Mandioca de mesa
tecnologias para o cultivo sob mulching plástico
Palavras-chave:
Manihot esculenta, aipim, sistema de produção, tecnologiaResumo
As lavouras comerciais de mandioca (para indústria e/ou de mesa), de maneira geral, estão entre as que mais exigem esforço físico do agricultor em tarefas pouco ergonômicas (i.e., mecanizadas). Atividades relativas ao sistema de cultivo tradicional, como o preparo do solo, o plantio de manivas-semente, o controle de plantas espontâneas (manual, mecânico e/ou químico), o arranquio e o transporte das raízes, normalmente exigem o uso intenso de mão de obra com grande esforço braçal e que elevam o custo de produção. Segundo estimativas da Conab, no caso das lavouras de mandioca para a indústria (fécula e/ou farinha e derivados), o custo com mão de obra equivale a 45% do custeio total da lavoura. Já para mandioca de mesa (aipim), em que há menor uso de mecanização, estima-se que a proporção alcance até 60%. Dentre todas as atividades, o controle de plantas espontâneas e a colheita representam quase 90% do esforço físico dedicado à cultura. Não obstante, além do elevado custo, a mão de obra para tais atividades tem se tornado cada vez mais escassa no meio rural. Em razão disto cresceu de forma intensa o uso irracional de herbicidas. Ao considerar os aspectos mencionados anteriormente, surgiu a necessidade de avaliar e validar o cultivo de mandioca de mesa sob mulching plástico (camalhões/canteiros revestidos com filme plástico) com suplementação de irrigação por gotejamento e manejo da fertilidade (adubação) adequados a este “novo” ambiente de cultivo e/ou sistema proposto e seus efeitos em termos quantitativos e qualitativos na produção de raízes de mandioca de mesa. Assim, a tecnologia preconizada se baseia na utilização concomitante do mulching plástico como cobertura de solo, associado à irrigação por gotejamento e manejo da adubação, como componentes de um sistema de produção para mandioca de mesa.