Lagartas nas lavouras catarinenses de arroz irrigado: ocorrência, monitoramento e manejo integrado
Resumo
As lavouras catarinenses de arroz irrigado encontram-se por toda a faixa litorânea do Estado e adentram o Vale do Rio Itajaí-açu até beirar o Planalto Serrano. São cerca de 150 mil hectares plantados que geram divisas e empregos à Santa Catarina – segundo maior produtor de arroz do Brasil.
Dentre os diversos problemas tecnológicos, limitantes ao cultivo do arroz irrigado, aqueles relacionados à incidência de pragas destacam-se como altamente relevantes, pois interferem diretamente na produtividade das lavouras e na qualidade final do arroz colhido. Assim, conhecer as pragas e saber reconhecer seus danos é indispensável para o sucesso no empreendimento orizícola.
As lagartas estão entre as principais pragas do cultivo de arroz irrigado em Santa Catarina. Esses insetos se instalam nas lavouras, reduzindo a área foliar das plantas e ocasionando perdas de produtividade no arroz.
Atenta a essa situação, a Epagri lança o presente Boletim Técnico, que reúne informações sobre a bioecologia das lagartas do arroz, bem como orientações sobre as medidas de monitoramento e manejo integrado a serem adotadas para o controle de suas populações nas lavouras.
O manejo integrado de pragas e, mais recentemente, a produção integrada, são conceitos modernos em agricultura que preconizam a integração dos métodos de controle de pragas com as práticas de cultivo para minimizar os danos às plantas, à saúde humana e à integridade do meio ambiente. Num programa de manejo de pragas, o conhecimento, a antecipação e a fuga dos problemas fitossanitários são enfatizados; a aplicação de inseticidas é definida pelo monitoramento das populações das pragas e vários métodos de controle são adotados para reduzir distúrbios no agroecossistema.