Inter-relações nutracêuticas canônicas da soja e suas reflexões sobre o melhoramento genético
DOI:
https://doi.org/10.52945/rac.v34i3.1155Palavras-chave:
Glycine max, genética de plantas, Famílias segregantes, análise multivariadaResumo
Nos últimos anos foram frequentes os questionamentos sobre o comportamento dos genótipos em diferentes ambientes, sobretudo aqueles que buscam revelar o valor comercial e nutricional dos genótipos de soja. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi analisar os aspectos fisiológicos e nutricionais das Famílias Segregantes S5 da soja. Este trabalho está vinculado ao Programa de Melhoramento de Soja do IRC localizado em Campos Borges, Rio Grande do Sul, Brasil. O delineamento utilizado foi de blocos casualizados completos, contendo 40 genótipos de soja dispostos em quatro repetições, correspondentes aos genótipos da geração F5 testados em 2018 e 2019. Esta geração foi obtida por meio de hibridizações artificiais de plantas F1s ocorridas em 2014 e 2015, F2s em 2015 e 2016 e famílias segregantes F3 em 2016 e 2017 e F4 em 2017 e 2018. Os caracteres foram avaliados e submetidos aos pressupostos do modelo estatístico, verificando a normalidade e homogeneidade das variâncias. Análise de variância, agrupamento de médias, correlação linear e canônica foram utilizadas para a explicação comportamental das Famílias Segregantes de Soja F5. A análise de variância revelou diferença significativa (p <0,01) para todas as variáveis, indicando a existência de variabilidade genética. As famílias segregantes da geração F5 IRC8_130 e IRC31_102 são promissoras em programas de melhoramento que envolvem aspectos fisiológicos e nutricionais. As características de proteína bruta, fibra bruta, altura de inserção da primeira vagem, altura de planta e número de vagens com 4 grãos, são dominantes e determinantes para o estabelecimento de gerações segregantes, podendo ser utilizadas em programas de melhoramento.
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