Métodos de monitoramento da sigatoka amarela da bananeira nas condições de clima subtropical no Sul do Brasil

Autores

  • Luiz Augusto Martins Peruch Epagri-Departamento Estadual de Marketing e Comunicação https://orcid.org/0000-0003-0158-0257
  • Márcio Sonego Epagri/ Estação experimental de Urussanga
  • Mauro Ferreira Bonfim Junior Epagri/ Estação experimental de Urussanga
  • Tarinks Sangaleti Unibave

DOI:

https://doi.org/10.52945/rac.v35i3.1520

Palavras-chave:

Mycosphaerella, Pré-aviso bioclimático, Primeira Folha Manchada, severidade

Resumo

A adoção de sistemas de monitoramento para o controle do complexo de manchas de sigatoka representa um dos avanços mais significativos na produção de banana no mundo. Neste trabalho foram comparadas quatro metodologias de
avaliação da sigatoka-amarela (Pré-aviso Biológico - PAB, Estágio de Evolução - EE, Índice de Infecção - II e Primeira folha Manchada - PFM), em regime experimental no período de 2012-2014 e duas metodologias foram selecionadas para ensaios comerciais no período de 2016-2018 em condições subtropicais. Esses sistemas de monitoramento foram submetidos à correlação (P<0,05) e análise estatística descritiva. Os sistemas de monitoramento de doenças na fase experimental apresentaram valores diferentes dependendo da metodologia. Os maiores valores foram observados no PAB (8450 pontos), seguido de EE (3213 pontos), II (36,3%) e PFM (9,7). O PFM apresentou forte correlação negativa com o PAB (-80,7%), enquanto o PAB e EE tiveram uma correlação fraca (37%). Nos ensaios comerciais, a baixa frequência da variável PFM detectada nas plantas limitou sua aplicação para avaliação da sigatoka. Ao comparar os dois sistemas em pomares comerciais, verificou-se que a PAB deve continuar sendo o método padrão de monitoramento do mal-de-sigatoka no litoral catarinense.

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Biografia do Autor

Luiz Augusto Martins Peruch, Epagri-Departamento Estadual de Marketing e Comunicação

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995), especialista em Plantas Daninhas (1996), mestrado em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998) e doutorado em Fitopatologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2004). Atuou como pesquisador da Epagri por 15 anos e professor pesquisador/ núcleo PACA da Unibave, lecionando as cadeiras de Fitopatologia, Metodologia da pesquisa e estatística. Atualmente atua como editor técnico no departamento de marketing e comunicação da Eapgri. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, maracujazeiro, bananeira, Colletotrichum gloeosporioides, mandioca, agricultura orgânica e controle de doenças.

Márcio Sonego, Epagri/ Estação experimental de Urussanga

Possui título de PhD em Crop Physiology pela Lincoln University, Nova Zelândia (2000), mestrado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1987) e graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1984) . É pesquisador da EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), na Estação Experimental de Urussanga. Professor licenciado de Climatologia e Geografia Agrária na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Enfoca seu trabalho nas áreas de Agronomia e Climatologia, atuando principalmente na pesquisa e difusão para a fruticultura tropical, agrometeorologia, caracterização climática, ensino de Climatologia. Executa experimentos com avaliação de cultivares de bananeira em cultivo orgânico e convencional, sistema bioclimático de monitoramento do mal-de-sigatoka, avaliação de frutíferas como alternativa ao cultivo do fumo, sistemas de irrigação localizada em microaspersão e gotejamento em fruticultura. Atua fortemente junto ao produtores e à imprensa local divulgando e esclarecendo temas voltados ao Clima e Agricultura.

Mauro Ferreira Bonfim Junior, Epagri/ Estação experimental de Urussanga

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2008). É mestre e doutor em Ciências (Fitopatologia) pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ/USP. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, tendo como principal linha de pesquisa a avaliação de doenças visando a resistência, para melhoramento genético da cultura da mandioca e feijão. Possui experiência na avaliação da eficácia de agentes de biocontrole sobre patógenos de solo.

Tarinks Sangaleti, Unibave

Eng. Agr., Fundação Educacional Barriga Verde-UNIBAVE



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Publicado

2022-12-26

Como Citar

Peruch, L. A. M., Sonego, M., Bonfim Junior, M. F., & Sangaleti, T. (2022). Métodos de monitoramento da sigatoka amarela da bananeira nas condições de clima subtropical no Sul do Brasil. Agropecuária Catarinense, 35(3), 26–29. https://doi.org/10.52945/rac.v35i3.1520

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