Chuvas intensas para dimensionamento de calhas e condutores pluviais no estado de Santa Catarina

Autores

  • Alvaro Jose Back Epagri/Estação Experimental de Urussanga
  • Marina Patricio Panatto Universidade do Extremo Sul Catarinense/ Curso de Engenharia Civil
  • Gabriel da Silva Souza Universidade do Extremo Sul Catarinense

DOI:

https://doi.org/10.52945/rac.v36i2.1579

Palavras-chave:

calhas, captação de água da chuva, chuvas intensas

Resumo

O dimensionamento de estruturas de captação e condução de água da chuva deve levar em consideração a intensidade da chuva local. A norma técnica vigente recomenda dimensionar as calhas e condutores baseando-se na intensidade da chuva com duração de 5 minutos e período de retorno de 25 anos. No presente estudo foram utilizadas as equações IDF atualizadas para Santa Catarina, baseadas em 176 estações pluviométricas com séries de dados de chuva maiores que 30 anos de observação. Desta forma foram determinadas as intensidades de chuva com duração de 5 minutos e período de retorno de 25 anos através das equações IDF. As intensidades de chuva variam de 140 a 215mm h-1 com os maiores valores observados na região de Florianópolis, Litoral Norte e Extremo Oeste do Estado. Os menores valores ocorrem na região do Médio Vale do Itajaí. Os dados foram espacializados a fim de se obterem os valores médios representativos de cada município do Estado. Observaram-se diferenças importantes em relação aos valores normalmente usados nas tabelas técnicas de calhas pluviais, evidenciando a necessidade de novos estudos em função da atualização das equações de chuvas intensas.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Alvaro Jose Back, Epagri/Estação Experimental de Urussanga

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1986), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1989), doutorado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e Pós-Doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2017). Atualmente é professor titular da Universidade do Extremo Sul Catarinense e pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Hidrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: precipitação, hidrologia, agrometeorologia, chuvas intensas e drenagem, erosão e hidrossedimentologia, manejo e conservação do solo.

Marina Patricio Panatto, Universidade do Extremo Sul Catarinense/ Curso de Engenharia Civil

Estudante da Universidade do Extremo Sul Catarinense

Gabriel da Silva Souza, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Estudante da Universidade do Extremo Sul Catarinense

Referências

AMANCO DO BRASIL LTDA. Soluções Amanco Linha Predial. 4ª Ed. 2008. 174p.

ASAE STANDARDS. S268.5 Design, Layout, Construction and Maintenance of Terrace Systems. American Society of Agricultural Engineers, St. Joseph, Michigan.2012. 10p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-10844: Instalações Prediais de águas pluviais. Rio de Janeiro,1989.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR15527: Água de chuva-aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis-requisitos. Rio de Janeiro, 2019. 10p.

BACK, Á.J. Chuvas intensas e estimativas da chuva de projeto para o estado de Santa Catarina. Florianópolis: Epagri, 2022 p.204.

BACK, Á.J.; BONETTI, A.V. Chuva de projeto para instalações prediais de águas pluviais de Santa Catarina. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v.19, n.4, p.260-267, 2014.

BACK, Á.J.; WILDNER, L.P.; PEREIRA, J.R. Chuvas intensas para projetos de conservação do solo e da água no estado de Santa Catarina. Agropecuária Catarinense, v.34, p.65-72, 2021.

BACK, Á.J. Relação Intensidade-Duração-Frequência de Chuvas intensas de Florianópolis, SC. Engenharia Sanitária e Ambiental, v.5, p.126-132, 2000.

BOTELHO, M.H.C.; RIBEIRO Jr., G. de A. Instalações hidráulicas prediais feitas para durar usando tubos de PVC. São Paulo: ProEditores, 1998. 230p. il.

BRESSAN, C.P. Levantamento de técnicas para o dimensionamento de condutores verticais em instalações prediais de águas pluviais. Monografia Trabalho de conclusão de curso de Engenharia Civil. Universidade São Francisco – USF, Itatiba, SP. 2006. 48p.

CARDOSO, C.S.; QUADRO, M.F.L. de; BONETTI, C. Persistência e abrangência dos eventos extremos de precipitação no Sul do Brasil: Variabilidade Espacial e Padrões Atmosféricos. Revista Brasileira de Meteorologia, v.35, n.2, p.219-,231, 2020.

CETESB. Drenagem urbana – manual de projeto. 3. ed. São Paulo: Cetesb, 1986.

FETTER, R.; OLIVEWIRA, C.H. de; STEINKE, E.T. Um Índice para Avaliação da Variabilidade Espaço-Temporal das Chuvas no Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 33, n. 2, 225-237, 2018

MARANGONI, T.T.; OLIVEIRA, J.N. de; LIBÂNIO, M. Avaliação quantitativa e qualitativa do emprego de paredes como nova perspectiva para captação de água de chuva. Engenharia Sanitária e Ambiental, v.24, n.3, p.575-584, 2019.

MORELLI, F.; LIMA, M.G; SOUZA JUNIOR, W.C. Influência do ambiente natural sobre o ambiente construído: um estudo sobre o índice de chuva dirigida. Ambiente & Sociedade, v.15, n.1, p.41-52, 2012.

PEPINELLI, G.R.; SILVA, I.C.M.; FREITAS; STARADUB, S.; CAMPOS, R.V.M. Patologia da construção Civil. 2016. Disponível em: https://conccepar.grupointegrado.br/resumo/patologia-da-construcao-civil/480/1129. Acesso em: 14/11/2022.

PFAFSTETTER, O. Chuvas intensas no Brasil. Rio de Janeiro: DNOS, 1957. 419p.

REZENDE, J.H.; TECEDOR, N. Aproveitamento de água de chuva de cobertura em edificações: dimensionamento do reservatório pelos métodos descritos na NBR 15527. Revista Ambiente & Água, n.12, v.6, p.1040-1056, 2017.

ROSA, B.H.; CORRÊA, F.V.; THABALDI, M.S. Dimensionamento de calhas retangulares para instalações prediais de águas pluviais. In: ENCONTRO NACIONAL DE ÁGUAS URBANAS, 13, Porto Alegre, 2020. Anais [...] Porto Alegre, 2020.

SELUCHI, M.; BEU, C.; ANDRADE, K.M. Características das frentes frias causadoras de chuvas intensas no leste de Santa Catarina. Revista Brasileira de Meteorologia, v.32, n.1, p.25-37, 2017.

TOMAZ, P. Aproveitamento de água de chuva para áreas urbanas e fins não potáveis. São Paulo, Navegar editora, 2011. 208p.

TORRES, A.S.; SILVA, J.N. da. Patologias nos sistemas construtivos das edificações do início do século XX no Sul do Rio Grande do Sul – Estudo de caso de residência na cidade de Rio Grande. REEC – Revista Eletrônica de Engenharia Civil, v.10, n.2, p. 39-55, 2015.

TIGRE BRASIL. Tigre linha Aquapluv. Disponível em: https://tigrecombrrod.s3.amazonaws.com/ export.tigre.com/ files/arquivos/catalogos /Aquapluv_0.pdf. Acesso em: 14/11/2022.

VERÇOZA, E.J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra, 1991. 172p.

Downloads

Publicado

2023-07-21

Como Citar

Back, A. J., Panatto, M. P., & Souza, G. da S. (2023). Chuvas intensas para dimensionamento de calhas e condutores pluviais no estado de Santa Catarina. Agropecuária Catarinense, 36(2), 34–41. https://doi.org/10.52945/rac.v36i2.1579

Edição

Seção

Artigo Científico

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>