Florescimento precoce em pessegueiro e sua relação com a temperatura: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.22491/RAC.2019.v32n1.9Palabras clave:
Prunus persica, endodormência, floração, modelos fenológicosResumen
No ano de 2013 foi registrada uma floração precoce e intensa em pessegueiro, em época atípica, no município de Urussanga, SC, Brasil. Vinte por cento dos acessos de uma coleção de pessegueiro apresentaram plena floração em meados de abril, quando normalmente esta ocorre nos meses de julho e agosto. As faixas térmicas com temperaturas entre 16,0 e 19,0oC e inferiores a 19,0oC (13,0 a 19,0oC), em um período de 49 dias entre fevereiro e março, foram as que mais se relacionaram com a antecipação da plena floração no referido ano, com correlações de -0,92 (p<0,01) e -0,85 (p<0,02), respectivamente. Embora as temperaturas entre 16,0 e 19,0oC não sejam consideradas efetivas para a endodormência em muitos dos modelos fenológicos tradicionais desenvolvidos para frutíferas de clima temperado, alguns trabalhos indicam que, em genótipos com baixa exigência em frio, estas podem desempenhar esta função. Entretanto, assumindo-se uma acumulação simultânea de frio e calor, como proposto por modelos paralelos de quebra de dormência, não é possível afirmar se, no presente caso, esta faixa térmica teve, realmente, um efeito vernalizante.