Potencial do pó de basalto como remineralizador de solo em sistemas de produção de hortaliças

Autores

  • Ana Lúcia Hanisch Epagri/ Estação Experimental de Canoinhas https://orcid.org/0000-0001-7958-2143
  • Rafael Cantú Epagri/ Estação Experimental de Itajaí
  • Guilherme Luis Scaramella Gonçalves EPAGRI
  • Juliane Garcia Knapik Justen EPAGRI

DOI:

https://doi.org/10.52945/rac.v37i1.1788

Palavras-chave:

pós de rocha, Brassica oleraceae, Lactuca sativa, insumos alternativos

Resumo

Na última década, após a normatização para uso de remineralizadores na agricultura, diversos estudos têm confirmado efeitos positivos desses produtos nos sistemas agrícolas, sendo esses efeitos mais intensivos em rochas vulcânicas básicas, como o pó de basalto. Nesse contexto, essa pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito de um pó de basalto filler sobre o crescimento das culturas de alface e repolho e sobre os indicadores químicos do solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos, em um delineamento completamente casualizado em um fatorial 2x4x2, sendo dois tipos de solo (Cambissolo e Neossolo quartzarênico), quatro doses de pó de basalto (0, 5, 10 e 20t ha-1) com e sem adubação solúvel, com quatro repetições. Houve interação entre os fatores para todos os indicadores avaliados. O pó de basalto filler foi efetivo em aumentar a produção de massa seca das culturas quando cultivado em Neossolo quartzarênico até a dose de 10t ha-1. Nas duas culturas houve correlação negativa entre pó de basalto e a adubação solúvel. No solo, 115 dias após a incorporação das doses e após o cultivo de alface e repolho, o pó de basalto filler foi eficaz em alterar os atributos do solo, sendo esse efeito mais acentuado no Neossolo. Em ambos os tipos de solos houve aumento quadrático no pH e nos teores de fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e na saturação de bases (V%) de acordo com o aumento das doses do produto. Os resultados indicam potencial promissor do produto para uso na agricultura.

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Biografia do Autor

Ana Lúcia Hanisch, Epagri/ Estação Experimental de Canoinhas

Doutora em Produção Vegetal pela UFPR (2018), mestre em Zootecnia pela UFRGS (2002) e formada em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná (1994). Atuo como pesquisadora da EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina desde 2004, desenvolvendo trabalhos nas áreas de pastagens e sistemas integrados de produção agropecuária (SSP e SAFs em caívas), bem como em pesquisas com resíduos industrias com potencial de uso na agricultura.

Rafael Cantú, Epagri/ Estação Experimental de Itajaí

Graduado em Agronomia pela UFSC, mestre em Produção Vegetal na linha de pesquisa em horticultura pela UNESP / Botucatu e doutor em Ciência do Solo pela UFSM. Atua na Epagri desde 2002, na área de nutrição de plantas e desenvolvimento de fertilizantes a base de resíduos orgânicos e minerais.

Guilherme Luis Scaramella Gonçalves, EPAGRI

Formado em Agronomia em 2009 pela UFPR. Especialista em Biodiversidade pela UNESPAR. Com experiência em Agroecologia, certificação participativa de agricultura orgânica, cooperativas da agricultura familiar, e docência de ensino superior. Desde 2014 atua na Epagri como extensionista rural.

Juliane Garcia Knapik Justen, EPAGRI

Possui graduação em Engenharia Florestal (2003) e mestrado em Ciências Florestais (2005) pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente, exerce atividades de extensão rural na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Desempenha a função de coordenadora do Programa Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, focando em áreas como conservação do solo e da água, gestão de recursos florestais e práticas de rochagem.

Referências

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Publicado

2024-05-14

Como Citar

Hanisch, A. L., Cantú, R. R., Gonçalves, G. L. S., & Knapik Justen, J. G. (2024). Potencial do pó de basalto como remineralizador de solo em sistemas de produção de hortaliças. Agropecuária Catarinense, 37(1), 25–30. https://doi.org/10.52945/rac.v37i1.1788

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